''''''''''''''''''''''''''''''''''''o pussylânime''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
terça-feira, 15 de junho de 2010
Altered # 01
VERMES
''''''''''''''''''''''''''''''' VERMES'''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''
Foram dias e noites trancafiado; regados a vodka, Black Sabbath e Led Zeppelin; com uma ferida aberta no peito e uma necessidade de pôr um choro pra fora. Choro esse, que não vinha. Ainda estava gestando.
Particularmente, romantismo me acusa náuseas. Sempre fui do tipo que não perde perdão ou licença. Os olhos da fera não encaro; pois, não sei ser o que sou, nem quero ser devorado. O mundo é uma bola de merda, com vermes se degladiando e se alimentando dela. Não me vem ira, também. Porque não destruo a mobília? Porque não me atiro pela janela? E eu não sei nem um palavrão........
Que tamanha infantilidade minha. Mas, me fortaleço como um cavalo puro sangue magnífico; cristalizo-me. A firmeza me leva a extravagancia; e o contrário também. Sempre achei o amor, sei lá o que; assim: gostar; gostar mesmo. E o gostar? Onde é e está?
Dias e noites ruminando álcool. Pendem minhas asas; e eis um anjo com uma garrafa na mão, voando e trupicando no teto e nas portas do apartamento escuro e vazio; mas saturado com o som da voz do Ozzy ou a batera do Bohan, somados a minha negativa energia solta no ar. Um peso joga o anjo no chão, que fica por ali mesmo, até o sol do outro dia; já se arriando no entardecer poente; bronzear meu rosto e derreter minhas asas. Lá vou eu de novo. Mas o que é dia? O que é noite? O que há lá fora? Nem na janela fui.
Tudo andava sob controle, até acabar o chão. Parece que nunca houve. Porra! Só senti agora. Que merda!
O que sabe meus ossos, minha carne? Nada! Nada! Nada! Ahahahahahahahahahahah! Que gozo! Que ducaralho! O escárnio veio. Esse eu ainda tenho. Meu velho humor negro jamais me abandonaria. Mas já passou. Não veio o choro; estou gestando ainda.
Mas, o que tenho por entre os neurônios? Um vácuo, abismos sem fim, cegantes de tão brancos. Não gosto dessa história de sofrer. Balela. Lixo. Sofrer não é a palavra de jeito nenhum. Qual seria? Deu um branco.
Passaram os dias e as noites; junto com meu tempo, minha juventude e minha saúde. Tudo passou. Tudo morto para um novo viver. Viver ainda, assim: sei lá o que. O choro não veio; abortei. Ando meio velho pra parir; meu ventre secou. A bebida acabou. A ferida virou cascão, de tanto que lambi. Desliguei o som, abri a porta, desci a escada e fui comer o pedaço de bosta do mundo que me foi reservado.
Descabaçando!!!!
Tenho muita coisa pra falar, gritar, cuspir... Mas o início, o confronto e a vertigem decorrentes da visão do papel em branco é pra se arrombar!!!
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